sexta-feira, julho 22, 2005

 

Ou isto ou aquilo ...

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles




Ou se tem o dia, e não se tem a lua
ou se tem a lua e não se tem o sol

Ou se tem dúvidas, e não se tem certezas
ou se tem certezas sem dúvidas

Ou se tem a rotina, ou se tem o improviso
ou se tem o risco e pode se ter o sucesso

Ou se tem o medo e pode ser que tenha o fracasso...

quinta-feira, julho 21, 2005

 

Gogó da Ema (coisas de maceió)


"Narra uma velha lenda: era uma vez uma índia morena, virgem de corpo e de coração.
Habitava a taba dos guerreiros caetés, tecia redes e se enfeitava de penas. Mirava o rosto nas águas claras da lagoa e corria pela mata, ouvindo o grito da araponga e respondendo ao canto da cauã.
Um dia ouviu-se um brado de guerra e os guerreiros partiram manejando os tacapes.
Os arcos retezados expediam flechas e eram tantas que se confundiam no ar.
Três sois lutaram sem descanso e sem cansaço. Ao alvorecer do quarto dia voltaram triunfantes.
Entre os troféus, traziam preso um inimigo. Começaram os festejos. O indio era forte e era belo. Não queria ser sacrificado. Pediu para lutar e venceu três embates.
Não se mata um herói entre os índios. Só os civilizados têm medo da coragem e do heroísmo dos outros.
A virgem caeté apaixonou-se pelo índio prisioneiros e fugiram na calada da noite.
Andavam sol a sol. À noite deitavam-se na terra e suas bocas sedentas de água e sedentas de amor se encontravam na escuridão. Recomeçavam a caminhada com a aurora.
A índia definhava. Seus passos já não eram ágeis, seus membros pesavam, seus olhos ofuscados pela claridade dos dias de sol procuravam a terra e a cabeça pendia-lhe no peito.
E a marcha prosseguia em busca de outras terras.
Um dia viram água, muita água. Era a imensidão do mar.
Exausta, ela se deitou na beira da praia deserta. Suas forças chegavam ao fim.
Desesperado, ele pediu a Tupã que o transformasse em uma árvore cujo fruto tivesse água doce para matar a sede à sua amada, polpa para mitigar-lhe a fome, óleo para untar seus pés cansados e palmas longas para abrigar na sombra seu corpo franzino.
Tupã atendeu. Transformou-o em coqueiro, o primeiro coqueiro que houve sobre a terra.
Na ânsia de crescer, ele elevou o tronco muito acima das areias brancas e ela não alcançou seus frutos pendentes.
Então, num esforço gigantesco, ele se curvou para a praia, abaixando o tronco poderoso.
A índia já não resistia. Com as mãos estendidas para colher os frutos de água doce e polpa macia, sua alma voara em direção às nuvens.
Novamente, num esfoço supremo, ele movimentou o tronco para o alto e ergueu a copa verde carregada de frutos para o céu.
Até morrer ele ficou ali numa praia de Alagoas, embalando nas palmas adejantes, a alma fugitiva de sua amada".

Publicada no Boletim Alagoano de Folclore No 11, de 1.987, a lenda do Gogó-da-Ema é relatada por Maria Aída Wucherer Braga.

terça-feira, julho 12, 2005

 

Motivos pra sorrir ...

É lindo como o sol ilumina, e triste como a noite nos deixa sombrios e escuros.
É lindo como o mar chama, e triste como as imensas ondas nos assustam e afastam.
É lindo como a rosa exala seu perfume e atrai, e triste como os espinhos nos machucam e repelem.

É lindo como a noite nos convida a acolher e ficar mais próximo.
É lindo como as ondas nos monstram a bravura do mar tornando-o mais lindo.
É lindo como o espinho protege, tornando a rosa menos fulnerável e frágil

É lindo quando aprendemos que todas as coisas, todas as fases, todas as situações podem nos levar a diferentes caminhos, bons ou ruins, tudo depende das nossas escolhas.

E já que é lindo o sol, a noite, o mar, as ondas, a rosa, o espinho, depende de como vemos, porque não aceitar o melhor de cada coisa, de cada fase, de cada situação.

Mesmo que seja pra só entender depois, só aceitar depois, só achar graça depois, agora só resta viver ...

segunda-feira, julho 04, 2005

 
Bem, até hoje, eu não tinha utilizado meu pedacinho de céu pra falar do meu dia a dia. Mas acho que sobram motivos para fazê-lo.

Estou muito feliz, recebi 6 lindos presentes ... Minha maninha, meus sobrinhos lindos e meu cunhadinho ... É parece que o nº 6 combina com eles, tem 6 anos que eu não os via ...

Estão todos lindos e trouxeram muitas coisas boas, bem mais do que imaginam. Pela fase dificil que venho passando, receber estes anjinhos fez do meu pedacinho de céu um lugar mais feliz ...

Em breve vou postar fotos dos meus alagoaninhos ...

domingo, julho 03, 2005

 
Se correr poderá chegar, mesmo que ainda não queira, saiba o que buscar ...

Se correr poderá chegar, mesmo que ainda nao queira, saiba o que buscar.
Se poder se resguarde das expectativas nao realizaveis, e busque apenas ânino nas já realizadas.


Se correr podera chegar, ao encontro do desconhecido.
Se correr poderá chegar ao inicio de algo maior e melhor.

Se correr poderá chegar, ao final do caminho que hoje você nem sabe que já encontrou.
Se correr poderá chegar, pelo simples fato de que você tentou.

Se correr poderá chegar, e encontrar mais um ponto, seja pra se sentir realizado, seja pra sentir vontade e necessidade de correr novamente...

Se correr poderá chegar ao ponto em que novamente terá que recomeçar...




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